Por Osvaldo Valente
Postei,
no Blog Literatura em Migalhas, dois pequenos textos sobre dois livros
infanto-juvenis clássicos. Neles, Ferenc Molnár e Louis Pergaud exploram o mundo
dos meninos e sua incerteza a respeito do mundo dos adultos. Ambos são obras literárias
muito boas que tratam do amadurecimento que está logo ali, um pouco mais
adiante na vida de alguns meninos que se dedicam a combates com grupos rivais.
Defendem seus espaços e suas honras com exércitos fictícios e armas com
reduzidíssimo poder letal.
Os
livros são bem diferentes de Peter Pan, de James Barrie. Neste os meninos
perdidos, liderados por um garoto que mais parece uma entidade da floresta,
negam o amadurecimento. Naqueles, em um mundo sem mágica, o amadurecimento os
espreita e suas brincadeiras e aventuras são parte dele.
Lendo
um capítulo do livro Ébano: minha vida na África, do jornalista polonês Ryszard
Kapuscinski, lembrei daqueles meninos húngaros e franceses, e de Peter Pan e
sua idílica Terra do Nunca.